sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Planejamento e o Tempo

O planejamento pode ser dividido em três partes, quando levado em conta o fator temporal, de curto, médio ou longo prazo. É válido ressaltar que atitudes tomadas hoje virão a influir no futuro de forma geral, mas, dependendo dos acontecimentos desencadeados por elas, seus efeitos serão sentidos em períodos mais ou menos longos.
O planejamento de curto prazo é o mais fácil de ser feito, pois temos controle quase total ou até integral das variáveis envolvidas. Sabemos, por exemplo, que no próximo fim de semana faremos uma viagem para Angra dos Reis e gastaremos R$90,00 /dia/pessoa, incluindo três refeições diárias, um passeio de saveiro e hospedagem na “Pousada do Capitão”. Tudo muito simples, porque os gastos, assim como os riscos, são conhecidos e relativamente baixos.
A explicação para a simplicidade do planejamento de curto prazo está na quantidade reduzida de etapas a serem concluídas, para que o objetivo final seja alcançado; Por isso os riscos e incertezas são reduzidos, fazendo de seu cumprimento uma tarefa não muito árdua.
No planejamento de médio prazo as incertezas aumentam, já que a interdependência dos acontecimentos previstos começa a perder a nitidez. Agora, a estratégia passa a desempenhar um papel mais determinante para o sucesso dos planos, porque passamos a lidar com um maior número de fatores externos, que por muitas das vezes estão fora do nosso controle direto. Assim, agir estrategicamente deverá ser a melhor maneira de diminuir as incertezas, para a formulação de um plano de vida eficaz.
Fatores condicionais (se isso...então aquilo..) já são mais freqüentes na hora de se tomar decisões, os riscos envolvidos são maiores e isso ocorre justamente pelo fato de a quantidade de tarefas necessárias para a conclusão do objetivo final ser ampliada.
Por exemplo, quando questionado acerca de onde estará trabalhando daqui a dois anos e meio e qual será o seu cargo, a resposta será dada levando em conta fatores até então desconhecidos, hipóteses advindas de fatores externos ao nosso controle direto. Neste momento a estratégia começa a contribuir no planejamento, olhar além do seu emprego ou salário, se o ramo no qual sua empresa atua está em expansão, se existem concorrentes disputando a sua promoção ou uma possibilidade de um curso no exterior... São diversos fatores a serem considerados.
O planejamento de médio prazo deve deixar as hipóteses mais claras, transformá-las em certezas delimitadas por atitudes tomadas nos momentos certos, para que a probabilidade da conclusão do seu objetivo dentro do prazo aumente e os riscos diminuam.
No longo prazo, o planejamento torna-se ainda mais complexo e junto à dificuldade cresce também a sua importância. Nele reservamos espaço para os acontecimentos mais nobres, como por exemplo, o fim de um curso de longa duração, a compra de um imóvel, um tour pela Europa, a aposentadoria...
Todos estes são precedidos por um caminho extenso a ser percorrido, que deve ser estrategicamente pensado e planejado.
Fazer um planejamento financeiro de longo prazo é planejar sua vida, decidindo que caminho escolher hoje, que cursos fazer, que idioma aprender, onde trabalhar, onde investir seu dinheiro e tempo, para que se aumente a probabilidade do futuro desejado virar realidade.
Ficar contando com o acaso e as coincidências, para que seus sonhos se tornem realidade, acreditando que sua vida é governada pelo destino e que o que você quer está fadado a acontecer, não é uma boa forma de agir. Ao pararmos para pensar e decidirmos nossas ações hoje e amanhã, para que no longo prazo alcancemos nossos objetivos, certamente estaremos aumentando a probabilidade de o destino que escolhemos se concretizar.

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